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    Doenças do Ser

    O ritmo de vida em que nos colocamos nos últimos tempos tem evidenciado uma série de questões. É urgente pensarmos em formas para preservar a essência humana e promover a dignidade de todos os seres. Não é fácil conquistar a imunidade física, mental e psíquica. Sem o necessário acompanhamento nos processos das sucessivas etapas de nossa existência, ficamos à mercê de eventualidades que nem sempre objetivam amadurecimento de nossa missão no mundo. Queremos algo maior
    para a existência e não conseguimos sair dos círculos viciosos sem a devida colaboração dos outros. Frente aos apelos da sociedade, fica difícil potencializar as energias para a efetivação da realização humana. Sentimos tédio, porque perdemos ou nem aprendemos a saborear cada momento. Nos vemos desajustados, porque nossa
    mentalidade não foi cultivada no prisma de aproveitar cada ensejo do cotidiano, para sentir as alegrias de estar crescendo, amadurecendo e atingindo as necessárias riquezas humanas. Um vazio que nada preenche se evidencia. As fugas aparecem como alternativas. O uso desmedido de smartphones; longas jornadas com seriados; o uso de drogas lícitas e ilícitas; as redes sociais e o número crescente de aplicativos, geram rotinas e multiplicam hábitos; procrastinamos muitos aspectos de nossa vida;
    geramos quadros de ansiedade; perdidos nos meandros das oportunidades da vida, nos afastamos do sentido da vida. 
    A vida sem propósito dificilmente deixará um legado. Quando não aprendemos a transcender diante das dificuldades, problemas e crises, que se sucedem na soma de nossos dias, ficamos vulneráveis. Desconcertados, nos vemos sem controle das emoções. Deixamos de perceber o quão importante é cada instante nas relações com o
    mundo. Sempre é tempo de resgatar tudo o que dá sentido à existência. Urge a necessidade de fazer da soma de nossos dias um ato celebrativo na luta pelo bem comum. Colocar a dignidade de todos os seres como primado das relações é o caminho para a promoção da vida. 
    Isaias Pablo Klin Carlotto.

     
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