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    Espera

    Um dia desses contaram-me que, na festa de aniversário de uma menina, também o irmãozinho dela ganhou um presente. Era, segundo disseram, para o menino não ficar frustrado. 
    Isso levou-me a refletir sobre a dificuldade que é esperar. Parece que todos, quem mais quem menos, vivemos numa época em que as coisas precisam ser resolvidas no minuto seguinte ou, se for possível, no dia de ontem. Essa “pressa” acaba se refletindo também na liturgia do Advento, o tempo de preparação ao Natal. Não foram poucas as vezes em que vi, na montagem do presépio, acesas todas as luzes e colocadas as imagens dos Magos já no início de dezembro. Ao que me parece, assim fazendo, perdemos uma oportunidade de viver em expectativa, no aguardo da festa do Natal e do Retorno de Jesus Cristo como Rei Glorioso no fim do mundo. Essas as duas características desse tempo: até 16 de dezembro refletimos sobre a segunda vinda de Jesus; de 17 a 24 recordamos os acontecimentos que antecederam a sua Encarnação em Belém no seio de uma família do povo judeu. 
    Existem fundamentalmente dois tipos de espera. O primeiro é de quem aguarda a chegada de um ônibus. Pouco pode fazer além de ocupar o tempo no celular, numa leitura ou conversando com as pessoas que também aguardam para seguir viagem. Outro modo de esperar é o de alguém que aguarda uma visita. Neste caso, a atividade não cessa: é preciso ajeitar a casa, organizar o espaço preparando as coisas para acolher quem vai chegar. 
    Esse segundo modo é o mais conveniente quando falamos do Advento: esperamos a visita de Alguém muito especial e nos dedicamos a preparar o coração, a ajeitar o espaço da nossa vida para que o Filho de Deus possa sentir-se em casa no momento em que se apresentar. 
    Vivamos este tempo que Deus nos concede na alegre expectativa Daquele que já veio na pobreza e fragilidade da nossa carne e que voltará um dia para julgar todas as nações e todas as pessoas da Terra. Aproveitemos os Encontros em Grupos de Família que se forem organizando ou, quem sabe, organizemos nós um grupo. Assim, em comunidade, estaremos nos preparando para acolher o Salvador que vem até nós.

    Pe. João Masiero – Vigário

     
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