“A família tem a vocação de se tornar
o ambiente original da missão”. Expressão
utilizada por Pe. Caffarel, fundador das Equipes
de Nossa Senhora, diz que a família participa
da santificação do mundo, cristianizando
especificamente o amor do casal. Vivendo a
presença de Cristo na vida do casal e da família,
e assim fomentar um impulso missionário que
se estende para além das fronteiras do lar.
A família é uma escola de vida cristã, um
laboratório de espiritualidade do casal, um
centro de difusão do amor e é um testemunho
de vida. A sociedade quer apresentar que a
família já não é mais o centro do amor, por
isso surgem muitas maneiras de expressar
o contexto familiar. Digamos, a família está
doente, precisando de revitalização, de mais
conhecimentos de vida relacional, enfim de mais
amor. As dificuldades que se apresentam hoje
são advindas do excesso
de individualismo, do
exagero que damos às
coisas e esquecemos
que no nosso interior
está a morada de um
Deus que nos quer bem
e nos convida a sermos
mesmo evangelizadores
um dos outros, no
lar e na sociedade.
Precisamos novamente
a aprender a ouvir e a
escutar o que nos diz o
Deus da vida.
A família torna-se
um lugar de reunião onde acreditamos que não
basta aspirar à unidade total nem se comover
com o pensamento da reconciliação de todos,
mas que é necessário que nós mesmos façamos
essa unidade nos pontos em que a nossa ação
for eficaz e essa realização será o penhor da
qualidade de nosso desejo de uma família
mais completa. Criar momentos de verdadeira
comunhão na família, respeito mútuo, conhecer
e reconhecer que mesmo nas diferenças buscar
um rumo comum de vida e amor. As pedras não
podem atrapalhar o nosso caminhar, mas que
sejam modos de aprendizado para que nossas
ações possam ser mais frutíferas.
Nada, no acontecer de nossa vida, vem
definitivo. Vivemos um momento de pandemia,
que abala tudo e a todos. Nada senão o amor,
nem a própria vida é eterna. Há algo “invisível”
que nos provoca a prender que também não
veio para ficar. Ainda há gente que diz que este
“invisível não existe”, ou não tem potência, mas
um dia cessará. Como estaremos quando este
vírus passar? Por certo algo diferente estará
em nós. Que seja mais amor, mais doação,
mais entendimento entre as pessoas, maior
disposição para a evangelização e missão, ou
seja, sermos mais humanos, verdadeiros irmãos
feitos à imagem de Deus.