Estão em nós todas as possibilidades de trabalhar as dimensões. Desde a concepção, somos ajudados, diretamente por nossos familiares e indiretamente por uma lista imensa de seres que nos dão suas contribuições. Somos o resultado de muitas ações de ajuda, que nos habilitam a estar a serviço dos outros.
Primeiro devo ajudar a mim mesmo, com ações pontuais: auscultar os sonhos, desejos e aptidões; gerenciar os sentimentos e as emoções; priorizar o desenvolvimento do potencial, dons e talentos; desenvolver a autoestima e o autocuidado; ser responsável na gestão de mim mesmo no mundo.
A ação de ajudar os familiares e amigos nasce da convivência e das relações. É importante estabelecer vínculos necessários para uma vida saudável, serena e fértil que amplie as possibilidades de realização do potencial humano.
Manter a postura de ajudar os colegas de profissão, para que possam crescer individual e coletivamente. Promover a cooperação e a colaboração, a ponto de empreender sempre novos projetos.
A solidariedade é evidência do ajudar aos mais necessitados que estão à nossa volta. Resulta de uma formação humana distinta, capaz de gerar garantias de um mundo de inclusão e superação. Algo em nós se transforma quando nossas ações são marcadas pela doação, desprendimento, desapego em vista do bem-estar dos mais vulneráveis.
Ajudar a sociedade a construir um mundo justo e fraterno, requer um olhar consciente voltado para a realidade global e ações focadas no contexto em que está inserido, para minimizar as lacunas históricas e garantir em suas posturas o menor dano possível aos outros.
Para estar a serviço dos outros é necessário trabalhar a sensibilidade e fortalecer a empatia. Sair de si e ir ao encontro do outro. Na convivência conhecemos as pessoas e nos habilitamos a ser assertivos nos momentos de ajudar aos outros.
Quando ajudamos a nós mesmos e aos outros, sem esperar nada em troca, estamos abrindo os caminhos da realização pessoal. Nos edificamos na transcendência.
Isaias Pablo Klin Carlotto
