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    Pastoral da Escuta

    A escuta é esse cuidado pastoral de extrema urgência e muito evidenciado em tempo de pandemia. Um serviço discreto e silencioso, com autenticidade para que a pessoa possa confiar em quem a está escutando. É um serviço disponibilizado pela Igreja especialmente por religiosos e ordenados. Mas, em 2004, o Doc. n°. 72 da CNBB, propõe a Pastoral da Escuta como uma ação 
    evangelizadora, tendo como meta número um a necessidade de “criar centros de escuta”.
    A Pastoral da Escuta, entendida a partir do documento, conta com a participação dos próprios leigos e leigas. Um atendimento gratuito e estendido a todas as pessoas. É muito importante frisar que o serviço de escuta não é uma terapia convencional, mas quer ser um espaço, na Igreja, para o primeiro “desabafo” e caso for necessário, encaminha-se para a Confissão Sacramental ou para atendimento psicológico profissional. Depois de escutar a pessoa, pode-se partilhar a fé, pois o “vazio interior” precisa ser preenchido com Deus, e Ele vem a através de diversas formas: a Palavra anunciada é uma delas. Assim, a escuta e a vivência da Palavra são essenciais para que aconteça a transformação interior e a superação das crises existenciais. O evangelista Lucas,
    no capítulo 10,38-42 (Marta e Maria), diz que Maria, que o escutava falar, ficou com a melhor parte. A Palavra de Deus pode ressignificar, transformar a vida daquela pessoa, naquele momento de escuta. A escuta da Palavra leva à obediência e, portanto, a um novo agir, uma mudança de mentalidade; abre um processo de conversão pessoal.
    Além disso, é importante frisar que nunca se está a sós quando há um engajamento no desenvolvimento da plena imagem de Deus nas pessoas. É o desejo de Deus de realizar uma obra nova, mas também é o desejo dentro de cada pessoa que faz com que queira ser melhor, não depende do esforço de quem as escuta, mas da ação o próprio Deus. O apóstolo Paulo estava convicto disso quando afirmou: “Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus” (1Cor 3,6). 
    Enfim, quando as pessoas se dão conta que Deus caminha com elas, a exemplo dos discípulos de Emaús, suas vidas mudam. E o mundo hodierno, com sua rotina e dissabores, torna-se diferente, mais atraente, dá gosto de viver e traz paz interior.
    Por padre Judinei Vanzeto, jornalista, diretor administrativo Rádio Vicente Pallotti e pároco da
    Paróquia São Roque de Coronel Vivida-PR.

     
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